Golpe da falsa central: Advogada alerta para falhas na segurança bancária após obter vitórias em série

Golpe da falsa central: Advogada alerta para falhas na segurança bancária após obter vitórias em série

VIRAM? 😳 O golpe da falsa central tem se tornado cada vez mais sofisticado. Criminosos se passam por atendentes de bancos e entram em contato com clientes, informando sobre supostas transações suspeitas. Utilizando engenharia social, convencem as vítimas a fornecer dados sensíveis ou realizar transferências, muitas vezes sob o pretexto de “proteger” os valores da conta.

A advogada Brunna Simon Vecchi (@dracainogolpe), especialista em Direito Digital, tem atuado na defesa de consumidores vítimas desse tipo de golpe. Recentemente, obteve importantes decisões favoráveis na Justiça paulista, fortalecendo a responsabilidade das instituições financeiras na prevenção de fraudes e alertando para a necessidade de maior segurança bancária.“Os fraudadores utilizam tecnologia para mascarar chamadas e simular números reais das instituições financeiras. Além disso, têm acesso a informações pessoais das vítimas, o que torna a abordagem ainda mais convincente”, explica a advogada.

Decisões que fortalecem a proteção ao consumidor

Nos últimos meses, a advogada conquistou três decisões favoráveis que evidenciam a responsabilidade dos bancos na prevenção de golpes.

• Fraudes com empréstimos fraudulentos e transferências indevidas
No processo nº 1001187-41.2024.8.26.0695, a vítima recebeu uma ligação de um número clonado do Banco Bradesco informando sobre transações suspeitas. Durante a chamada, foi orientada a seguir procedimentos que resultaram na contratação de três empréstimos fraudulentos, totalizando R$ 15.783,89. O dinheiro foi rapidamente transferido para terceiros.

A Juíza Patricia Alcalde Varisco, da Vara Única de Nazaré Paulista, deferiu a tutela de urgência para suspender a cobrança das parcelas, aplicando multa de R$ 1.000,00 por dia em caso de descumprimento, limitada a R$ 30.000,00. Destacou ainda que há indícios suficientes de fraude, reforçados pelo Boletim de Ocorrência apresentado.

• Vulnerabilidade de idosos frente aos golpes bancários
No processo nº 1006510-16.2023.8.26.0322, um idoso foi vítima do mesmo golpe e teve um empréstimo de R$ 10.788,93 contratado em seu nome, com os valores sendo transferidos para terceiros.

O Juiz Adriano Rodrigo Ponce de Oliveira, do Juizado Especial Cível de Lins, concedeu tutela de urgência para suspender os descontos. O magistrado destacou que, diante da repetição desses casos no Judiciário, há elementos suficientes para conceder a medida cautelar.

• Reconhecimento da fraude pelo Tribunal de Justiça
No Agravo de Instrumento nº 2130441-98.2024.8.26.0000, o Desembargador César Zalaf, da 14ª Câmara de Direito Privado do TJSP, manteve a decisão favorável ao consumidor, reafirmando a necessidade de suspender os descontos das parcelas de empréstimos fraudulentos. Segundo o magistrado, há indícios evidentes de fraude, considerando que os valores foram rapidamente transferidos a terceiros.

A responsabilidade das instituições financeiras na proteção dos clientes

As decisões reforçam a tese jurídica de que os bancos devem garantir a segurança das transações e adotar medidas eficazes contra fraudes. Entre os principais fundamentos dessas ações estão:

• Dever de segurança: O banco tem a obrigação de garantir a proteção dos dados e operações dos clientes.

• Inversão do ônus da prova: Cabe à instituição financeira demonstrar que a operação foi realizada pelo próprio cliente e não por terceiros.

• Monitoramento insuficiente: A ausência de mecanismos eficazes de segurança caracteriza falha da instituição.

• Falta de alerta aos clientes: Os bancos devem investir em notificações de atividades suspeitas e educação sobre golpes.

Prevenção e reação rápida: como evitar prejuízos

A crescente sofisticação dos golpes exige tanto mais atenção por parte dos consumidores quanto maior rigor das instituições financeiras na adoção de medidas de proteção. A advogada Brunna Simon Vecchi (@dracainogolpe) alerta que, além da atuação judicial, é fundamental que os bancos aprimorem seus sistemas de segurança e que os clientes estejam sempre atentos a ligações suspeitas. Rapidez na resposta a fraudes pode ser crucial para minimizar os danos e aumentar as chances de recuperação dos valores subtraídos.

Compartilhe: 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Principais golpes e fraudes

Conheça os golpes mais comuns e saiba como se proteger

Criminosos entram em contato com a vítima se passando por atendentes da “central de segurança” ou por falsos gerentes do banco, muitas vezes utilizando o número oficial da instituição, falsificado por meio de tecnologia de spoofing.

Com ou sem acesso a dados sigilosos da vítima (como nome, CPF, agência, número da conta e últimas movimentações), constroem uma narrativa de urgência: dizem que há tentativas de invasão, transações suspeitas ou clonagem do cartão.

A vítima tem o cartão trocado ou clonado durante uma compra. Maquininhas com visor apagado, valor alterado ou mensagem falsa de “pagamento cancelado” são usadas.

Criminosos se passam por comerciantes, entregadores, motoristas ou prestadores de serviços contratados por aplicativos (como GetNinjas), e durante o pagamento, utilizam maquininhas com visor apagado, valor alterado ou mensagens falsas de “pagamento cancelado”.

O chamado “Golpe do PIX” é a forma como popularmente se referem a diversas modalidades de fraudes digitais que envolvem pagamentos via PIX. Apesar de parecer um único tipo de golpe, existem inúmeras variações, todas com um ponto em comum: a vítima é enganada e induzida a realizar uma transferência voluntária, geralmente em situações de urgência, pressão emocional ou falsas promessas.

Os criminosos utilizam técnicas de engenharia social, manipulação emocional e simulações de urgência para induzir as vítimas a realizarem transferências imediatas, muitas vezes sem perceber que estão sendo enganadas.

Criminosos se passam por empresas de investimento bem estruturadas, com plataformas sofisticadas, contratos elaborados e atendimentos simpáticos que criam vínculos emocionais com a vítima. Utilizam linguagem técnica e demonstram aparente domínio do mercado financeiro, transmitindo confiança e profissionalismo.

Nos primeiros contatos, a vítima costuma receber até 3 ou 4 retornos aparentes, o que reforça a sensação de segurança. Em seguida, é incentivada a investir mais ou indicar outras pessoas.

Apesar da aparência legítima, trata-se de um golpe altamente articulado, muitas vezes baseado em pirâmide financeira, onde os lucros iniciais são pagos com o dinheiro de novos participantes.

Criminosos criam plataformas falsas de leilão que imitam sites oficiais, utilizando logotipos de órgãos públicos, nomes de cartórios ou seguradoras, e preços extremamente atrativos — geralmente muito abaixo da tabela FIPE.

Em alguns casos, há também um intermediador falso, que se apresenta como funcionário da empresa ou “responsável pelo lote”, e estabelece uma comunicação direta com a vítima via WhatsApp. Esse intermediador orienta o interessado a “não comentar com ninguém” ou a “manter discrição até a liberação do veículo”, alegando que isso pode comprometer o negócio.

A vítima, iludida pela aparência profissional e pela urgência, realiza o pagamento via PIX ou TED para contas diversas, acreditando que está adquirindo um veículo em excelente condição e com procedência legal. Após a transferência, o contato é cortado e o prejuízo é consumado.

Aposentados e pensionistas são os principais alvos. Criminosos entram em contato oferecendo portabilidade com taxas de juros menores e condições “vantajosas”, usando dados sigilosos da vítima para passar credibilidade.

Na verdade, trata-se de um novo empréstimo consignado feito em nome da vítima, sem quitação da dívida anterior. O valor é depositado na conta como se fosse um “troco”, e os golpistas orientam a transferência via PIX ou TED para “finalizar a operação”.

Após o envio, desaparecem — deixando a vítima com mais uma dívida ativa e sem qualquer benefício real

Criminosos conseguem acesso indevido à conta bancária da vítima por meio de golpes digitais altamente sofisticados. A invasão geralmente ocorre:

  • Após a vítima clicar em links maliciosos enviados por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens
  • Por meio da instalação de aplicativos falsos que capturam senhas e acessos bancários
  • Ou após o roubo ou furto do celular, quando o aparelho não possui proteção adequada

Com o acesso completo ao aplicativo bancário, os golpistas realizam transferências via PIX, pagamentos de boletos, saques e contratação de empréstimos, esvaziando a conta da vítima em poucos minutos.

Dra. Brunna Simon Vecchi

Advogada com atuação nacional, especializada em fraudes bancárias e crimes digitais, Dra. Brunna Simon Vecchi possui mais de 10 anos de experiência na defesa de vítimas de golpes financeiros, com foco em casos de engenharia social, transações fraudulentas e responsabilidade objetiva de instituições financeiras.

É criadora da marca “Dra. Cai no Golpe”, projeto que já atendeu mais de 6.000 vítimas em todo o país e atualmente conduz centenas de processos ativos voltados à reparação de prejuízos causados por falhas na segurança bancária.

Com pós-graduação em Direito Digital e membro da Comissão de Direito Bancário da OAB São Paulo, alia conhecimento técnico, prática jurídica estratégica e linguagem acessível para enfrentar os desafios do mundo digital e os impactos crescentes dos crimes cibernéticos.

Atualmente, integra a Mentoring League Society e tem sua trajetória marcada por uma atuação humanizada, combativa e orientada a resultados, com ênfase na anulação de transações fraudulentas, bloqueio de valores desviados e responsabilização de instituições financeiras.

Com pós-graduação em Direito Digital e membro da Comissão de Direito Bancário da OAB São Paulo, alia conhecimento técnico e atuação estratégica para enfrentar os desafios do mundo digital e os impactos crescentes dos crimes cibernéticos.

Sua trajetória é marcada por uma atuação humanizada, combativa e orientada a resultados, com ênfase na anulação de transações fraudulentas, bloqueio de valores e responsabilização de instituições financeiras.

Depoimentos de clientes atendidos

Entre em contato agora

⚠️ Não espere o prejuízo aumentar. Quanto antes você agir, maiores as chances de recuperar seu dinheiro.

Perguntas frequentes

Sim. Nosso atendimento é feito de forma 100% virtual, com suporte jurídico especializado disponível para vítimas de golpes em qualquer lugar do Brasil.

Copyright ©2025 Brunna Simon Vecchi – Todos os direitos reservados.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a você a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.