Nova onda de golpes ameaça contas pessoais e empresariais: como se proteger

Nova onda de golpes ameaça contas pessoais e empresariais: como se proteger

No mundo digital de hoje, estamos cada vez mais conectados — mas também cada vez mais vulneráveis. Recentemente, foi publicada uma matéria no Valor Econômico que alerta para uma nova onda de golpes que está esvaziando contas bancárias — tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. A reportagem revela táticas sofisticadas usadas por criminosos para enganar vítimas e tomar controle de seus recursos financeiros. Leia a matéria original aqui.


  1. O que está acontecendo

    Segundo a matéria, os golpistas não estão apenas tentando fisgar vítimas com e-mails falsos ou mensagens enganadoras: eles estão usando métodos mais avançados, muitas vezes envolvendo engenharia social, clonagem de aparelhos, invasão de sistemas corporativos e até softwares de acesso remoto. O objetivo é claro: obter credenciais bancárias ou induzir usuários a autorizar transferências fraudulentas.

  2. Quem está sendo alvo

    • Empresas de pequeno e médio porte, que podem não ter equipe ou políticas robustas de segurança digital.

    • Pessoas físicas que, por vezes, ignoram sinais de alerta ou que têm seus dispositivos menos protegidos.

    • Profissionais autônomos ou prestadores de serviço, que frequentemente misturam contas pessoais e empresariais.

  3. Como o golpe funciona na prática

    Alguns exemplos comuns:

    • Mensagens ou ligações fingindo ser do banco ou de uma autoridade, alegando que houve transação suspeita.

    • Solicitam que a vítima instale um aplicativo ou conceda acesso remoto ao dispositivo, sob pretexto de “resolver o problema”.

    • Obtenção de dados pessoais/hábitos da vítima para dar credibilidade ao golpe (por exemplo, nome completo, dívidas pendentes, etc.).

    • Transferências não percebidas ou que parecem pequenas, mas que se acumulam. Muitas vezes, antes da vítima perceber o dano, já é tarde.

  4. Consequências

    • Perda financeira direta, que pode significar o fechamento de negócios ou dificuldades pessoais sérias.

    • Danos à reputação (no caso de contas empresariais).

    • Estresse, pressão psicológica, tempo desperdiçado resolvendo os danos.

    • Dificuldade de recuperação: dependendo do tipo de golpe, bancos ou instituições podem demorar ou até recusar ressarcimento.


Como se proteger — boas práticas

Aqui vão algumas recomendações para evitar ser vítima desses golpes:

  • Sempre verifique se a solicitação (de ligação, app ou instalação de software) vem de um canal oficial. Desconfie de ligações inesperadas.

  • Nunca conceda acesso remoto de forma precipitada ao seu dispositivo. Use aplicativos com reputação, e só instale quando tiver certeza da origem.

  • Use autenticação em dois fatores (2FA) nas suas contas bancárias e sistemas sensíveis.

  • Mantenha seus aparelhos (computador, celular) atualizados com os patches de segurança mais recentes.

  • Tenha cuidado com links ou arquivos enviados por e-mail ou mensagem, especialmente se pedindo dados sensíveis.

  • Separe contas pessoais das empresariais: isso ajuda no controle e na identificação de movimentações suspeitas.

  • Melhor ter proteção extra de segurança: softwares antimalware, VPNs confiáveis, backups regulares.


Essa nova onda de golpes evidencia que todos estamos em risco — empresas grandes ou pequenas, pessoas físicas ou jurídicas. A diferença entre ser vítima ou escapar ileso muitas vezes está no grau de alerta, nas práticas de segurança que adotamos no dia a dia, e na rapidez de reação ao menor sinal de problema.

Ficar bem informado, desconfiar de contatos inesperados, e adotar camadas extras de proteção são passos fundamentais. Se quiser, posso preparar um checklist ou guia prático para sua audiência usar como referência de segurança digital — te interessa?

Compartilhe: 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Principais golpes e fraudes

Conheça os golpes mais comuns e saiba como se proteger

Criminosos entram em contato com a vítima se passando por atendentes da “central de segurança” ou por falsos gerentes do banco, muitas vezes utilizando o número oficial da instituição, falsificado por meio de tecnologia de spoofing.

Com ou sem acesso a dados sigilosos da vítima (como nome, CPF, agência, número da conta e últimas movimentações), constroem uma narrativa de urgência: dizem que há tentativas de invasão, transações suspeitas ou clonagem do cartão.

A vítima tem o cartão trocado ou clonado durante uma compra. Maquininhas com visor apagado, valor alterado ou mensagem falsa de “pagamento cancelado” são usadas.

Criminosos se passam por comerciantes, entregadores, motoristas ou prestadores de serviços contratados por aplicativos (como GetNinjas), e durante o pagamento, utilizam maquininhas com visor apagado, valor alterado ou mensagens falsas de “pagamento cancelado”.

O chamado “Golpe do PIX” é a forma como popularmente se referem a diversas modalidades de fraudes digitais que envolvem pagamentos via PIX. Apesar de parecer um único tipo de golpe, existem inúmeras variações, todas com um ponto em comum: a vítima é enganada e induzida a realizar uma transferência voluntária, geralmente em situações de urgência, pressão emocional ou falsas promessas.

Os criminosos utilizam técnicas de engenharia social, manipulação emocional e simulações de urgência para induzir as vítimas a realizarem transferências imediatas, muitas vezes sem perceber que estão sendo enganadas.

Criminosos se passam por empresas de investimento bem estruturadas, com plataformas sofisticadas, contratos elaborados e atendimentos simpáticos que criam vínculos emocionais com a vítima. Utilizam linguagem técnica e demonstram aparente domínio do mercado financeiro, transmitindo confiança e profissionalismo.

Nos primeiros contatos, a vítima costuma receber até 3 ou 4 retornos aparentes, o que reforça a sensação de segurança. Em seguida, é incentivada a investir mais ou indicar outras pessoas.

Apesar da aparência legítima, trata-se de um golpe altamente articulado, muitas vezes baseado em pirâmide financeira, onde os lucros iniciais são pagos com o dinheiro de novos participantes.

Criminosos criam plataformas falsas de leilão que imitam sites oficiais, utilizando logotipos de órgãos públicos, nomes de cartórios ou seguradoras, e preços extremamente atrativos — geralmente muito abaixo da tabela FIPE.

Em alguns casos, há também um intermediador falso, que se apresenta como funcionário da empresa ou “responsável pelo lote”, e estabelece uma comunicação direta com a vítima via WhatsApp. Esse intermediador orienta o interessado a “não comentar com ninguém” ou a “manter discrição até a liberação do veículo”, alegando que isso pode comprometer o negócio.

A vítima, iludida pela aparência profissional e pela urgência, realiza o pagamento via PIX ou TED para contas diversas, acreditando que está adquirindo um veículo em excelente condição e com procedência legal. Após a transferência, o contato é cortado e o prejuízo é consumado.

Aposentados e pensionistas são os principais alvos. Criminosos entram em contato oferecendo portabilidade com taxas de juros menores e condições “vantajosas”, usando dados sigilosos da vítima para passar credibilidade.

Na verdade, trata-se de um novo empréstimo consignado feito em nome da vítima, sem quitação da dívida anterior. O valor é depositado na conta como se fosse um “troco”, e os golpistas orientam a transferência via PIX ou TED para “finalizar a operação”.

Após o envio, desaparecem — deixando a vítima com mais uma dívida ativa e sem qualquer benefício real

Criminosos conseguem acesso indevido à conta bancária da vítima por meio de golpes digitais altamente sofisticados. A invasão geralmente ocorre:

  • Após a vítima clicar em links maliciosos enviados por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens
  • Por meio da instalação de aplicativos falsos que capturam senhas e acessos bancários
  • Ou após o roubo ou furto do celular, quando o aparelho não possui proteção adequada

Com o acesso completo ao aplicativo bancário, os golpistas realizam transferências via PIX, pagamentos de boletos, saques e contratação de empréstimos, esvaziando a conta da vítima em poucos minutos.

Dra. Brunna Simon Vecchi

Advogada com atuação nacional, especializada em fraudes bancárias e crimes digitais, Dra. Brunna Simon Vecchi possui mais de 10 anos de experiência na defesa de vítimas de golpes financeiros, com foco em casos de engenharia social, transações fraudulentas e responsabilidade objetiva de instituições financeiras.

É criadora da marca “Dra. Cai no Golpe”, projeto que já atendeu mais de 6.000 vítimas em todo o país e atualmente conduz centenas de processos ativos voltados à reparação de prejuízos causados por falhas na segurança bancária.

Com pós-graduação em Direito Digital e membro da Comissão de Direito Bancário da OAB São Paulo, alia conhecimento técnico, prática jurídica estratégica e linguagem acessível para enfrentar os desafios do mundo digital e os impactos crescentes dos crimes cibernéticos.

Atualmente, integra a Mentoring League Society e tem sua trajetória marcada por uma atuação humanizada, combativa e orientada a resultados, com ênfase na anulação de transações fraudulentas, bloqueio de valores desviados e responsabilização de instituições financeiras.

Com pós-graduação em Direito Digital e membro da Comissão de Direito Bancário da OAB São Paulo, alia conhecimento técnico e atuação estratégica para enfrentar os desafios do mundo digital e os impactos crescentes dos crimes cibernéticos.

Sua trajetória é marcada por uma atuação humanizada, combativa e orientada a resultados, com ênfase na anulação de transações fraudulentas, bloqueio de valores e responsabilização de instituições financeiras.

Depoimentos de clientes atendidos

Entre em contato agora

⚠️ Não espere o prejuízo aumentar. Quanto antes você agir, maiores as chances de recuperar seu dinheiro.

Perguntas frequentes

Sim. Nosso atendimento é feito de forma 100% virtual, com suporte jurídico especializado disponível para vítimas de golpes em qualquer lugar do Brasil.

Copyright ©2025 Brunna Simon Vecchi – Todos os direitos reservados.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a você a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.